Esquadrilha da Fumaça

Esquadrilha da Fumaça é o nome popular do "Esquadrão de Demonstração Aérea - EDA", um grupo de pilotos e mecânicos da Força Aérea Brasileira que fazem demonstrações de acrobacias aéreas pelo Brasil e pelo mundo.
Sua finalidade, de acordo com o EDA, é aproximar os meios aeronáuticos civil e militar, contribuir para a maior integração entre a Aeronáutica e as demais Forças Armadas e marcar a presença da FAB em eventos no Brasil e no exterior.




     A Esquadrilha originou-se pela
 iniciativa de instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, sediada na cidade do Rio de Janeiro. Em suas horas de folga, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de incentivar os cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução.
     Em 14 de maio de 1952, uma comitiva estrangeira em visita à Escola pôde apreciar a primeira demonstração oficial do grupo. Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se na aeronave utilizada a época, o NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça.
Com o tempo, as aeronaves e as acrobacias mudaram, mas a essência da Esquadrilha mantém preservado o espirito de arrojo e determinação do grupo.
Atualmente, o EDA está sediado na Academia da Força Aérea, na cidade de Pirassununga, Estado de São Paulo.
     No dia 28 de novembro de 1961, na cidade de Florianópolis em Santa Catarina. Durante uma solenidade militar, realizada na época do comando do coronel Lara Ribas. dois aviões modelo Texan T-6 se colidiram no ar. O avião pilotado pelo Capitão Durval Pinto Trindade perdeu o leme e caiu no Centro da cidade, O desastre foi nas proximidades do Largo Benjamin Constant. Por essa razão, o local ficou conhecido como Praça do Avião. O outro piloto com a asa danificada conseguiu fazer um pouso de emergência na Base Militar de Florianópolis.
No dia 1 de maio de 1995, o Capitão Cláudio Gonçalves Gamba, piloto da aeronave número 7 do EDA, morreu após não conseguir se recuperar da manobra Lancevak, na apresentação no município de Rio Negrinho . Após esse acidente a manobra foi retirada do display do EDA por ser muito perigosa, substituída pela Grossura com efeito vísual parecido.
No dia 2 de abril de 2010, o Capitão Anderson Amaro Fernandes, piloto da aeronave número 7 do EDA, morreu ao chocar sua aeronave contra o solo durante a manobra Snap Roll, na apresentação no município de Lages.

 

Aviões utilizados

 

  • North American T-6 Texan As aeronaves NA T-6, fabricadas sob licença no Brasil durante a 2° Guerra Mundial, tinham uma velocidade de 240 Km/h em voo de cruzeiro, com uma autonomia de 750Km. Operaram na Esquadrilha da Fumaça de 1952 a 1976, realizando um total de 1225 demonstrações. Com sua desativação, em decorrência do alto custo de manutenção, interrompeu-se temporariamente o sonho daqueles dedicados instrutores de voo que, no início da década de 50, criaram a Esquadrilha da Fumaça.
  • T-24 Super Fouga Magister Em 1969, para acompanhar a evolução dos equipamentos utilizados pelas outras esquadrilhas acrobáticas do mundo, que utilizavam aeronaves a reação, a Esquadrilha da Fumaça recebeu os jatos de fabricação francesa Super Fouga Magister, dominados T-24 na FAB. Devido às suas características de baixa autonomia e operação apenas em pistas pavimentadas, as demonstrações com o T-24 ficaram restritas aos grandes centros.
Como os T-24 não satisfizeram os requisitos necessários ao tipo de missão da Esquadrilha da Fumaça foram utilizados até 1972, em paralelo com as NA T-6, realizando somente 46 demonstrações.
  • Neiva T-25 Em 21 de outubro de 1982, a Esquadrilha da Fumaça foi reativada com o nome oficial de "Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA)". Enquanto se aguardava o recebimento do T-27 Tucano, a aeronave T-25 Universal foi utilizada por um pequeno período, até o final de 1983, realizando 55 demonstrações no total. com ele, reanima-se a velha chama, nunca apagada, da Esquadrilha da Fumaça. O T-25 ainda é utilizado na formação básica dos futuros oficiais aviadores da FAB.
  • Embraer EMB-312 Tucano O T-27 tucano, aeronave fabricada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (EMBRAER), é altamente manobrável, qualidade essencial ao fim a que se destina.
  • A-29 Em 30 de setembro de 2012 foram recebidas as duas primeiras aeronaves A-29 , que, a partir dos dois anos seguintes, irão substituir os T-27 nas demonstrações aéreas. Os T-27 restantes deverão ser alocados exclusivamente para o atendimento da atividade aérea da Academia da Força Aérea, em Pirassununga.        

     Algumas manobras

     
                             
                   
    • Split
    • Cruzamento Duplo
    • Panqueca
    • Looping em leque
    • Coração
    • Break
    • Looping com desfolhado
    • Looping coincidente com cruzamento lento
    • Split
    • Bomba
    • Bolota
    • Espelhão
    • Barril com seis aeronaves com meio looping
    • DNA com duas voltas
    • Snap Roll
    • Grossura
    • Bolota invertida (Curva de máxima performace em voo invertido)
    • Tonneaux simultâneo reverso
    • Oito cubano
    • Estol de badalo
                                                                              

Bons ventos tripulação e até a próxima escala !!!

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