Uma brincadeira inconsequente pode gerar acidentes de grandes proporções, A soltura de balões além de um crime ambiental, se transforma em um real perigo para a aviação. De acordo com o gerente do Programa de Perigo Baloeiro do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), Tenente Coronel Aviador Carlos Antônio Motta de Souza, apesar de ocorrências com balões serem registradas durante o ano inteiro, observa-se um aumento significativo particularmente nos meses de maio, junho e julho, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as campeãs neste tipo de registro.
Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) lançou, em seu site, a ficha de notificação de ocorrência envolvendo a atividade ilícita dos baloeiros, que pode ser preenchida por qualquer pessoa que tenha avistado balões perto de aeronaves em procedimento de pouso, decolagem ou em voo de cruzeiro.
Um balão caiu no aeroporto Tom Jobim |
De acordo com dados da Infraero, entre os anos de 1993 a 2004, foram registradas 8 colisões entre aeronaves e balões.O papel do CENIPA é fazer um trabalho de prevenção com dados colhidos com outros órgãos ligados ao voo para que possamos mensurar o problema e atuar junto com as administrações aeroportuárias, conscientizando a sociedade sobre o risco que isso representa para a aviação, ressalta o Tenente Coronel Motta de Souza, gerente do Programa Perigo Baloeiro do CENIPA.
“Já tivemos registros de colisões que danificaram o avião, partes do balão que se prenderam ao pitot, ou entraram na turbina da aeronave. Acidentes que podem influenciar na segurança do voo e podem ser evitados facilmente”, explica piloto.
Balão cai próximo de avião no aeroporto de Viracopos |
Ainda de acordo com informações do CENIPA, um balão não tripulado pode atingir 17 mil pés (O equivalente a seis prédios Burj Khalifa, em Dubai, o prédio mais alto do mundo na atualidade, com 838 metros de altura), altitude em que os aviões podem estar a uma velocidade de até 450 Km/h. Um eventual encontro da aeronave com o artefato, considerando o peso de 10 kg, poderia causar uma colisão com o impacto de 2,26 toneladas.
Vamos supor que um balão de cerca de 15 kg, que é um balão pequeno, colida com um avião que esteja voando a uma velocidade de 300 km/h. O impacto vai ser da ordem de 3 toneladas e meia”, explica. “Ma se esse balão tiver um peso de 50 kg e a colisão ocorrer com um avião a 400 ou 450 km/h, o impacto já sobe para cerca de 100 toneladas. É um impacto muito grande que com certeza vai derrubar essa aeronave e causar um acidente de grande proporções, compara o Tenente Coronel Motta de Souza.
No link abaixo vemos o flagra do Lito do blog Aviões e Musicas de um balão que caiu no Aeroporto de Guarulhos (GRU) no mês passado, dia 11 de Novembro.Vejam a seguir o vídeo
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